quinta-feira, 18 de junho de 2009

Mulheres se envolvem menos em acidentes de trânsito

Sexo feminino lidera segurança ao volante e os riscos de acidentes são bem menores
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Pesquisa realizada pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), mostra que dos acidentes registrados nos últimos três anos no país, apenas 11% deles envolviam mulheres. De acordo com o levantamento, dos 1,5 milhão de acidentes ocorridos entre os anos de 2004 a 2007 com vítimas, 71% deles eram homens e 18% não foi possível saber a identificação dos sexos, pois, muitos motoristas fogem, após uma colisão ou atropelamento. Até dezembro de 2008, o Registro Nacional de Carteiras de Habilitação (Renach) havia registrado 45,1 milhões de motoristas, sendo que 33% desse total são mulheres.
Os tabus contra o preconceito continuam sendo quebrados. As condutoras femininas estão adquirindo mais espaço nas estradas e ganhando posições nos empregos que envolvem os meios de transportes. É comum nas ruas, encontrarmos mulheres na direção de caminhões pesados, ônibus e até mesmo nas frotas de táxi. Daniela Garcia mora em Taguatinga é está obtendo o seu registro de habilitação. Para ela, "a conquista das mulheres nos meios de transportes não é somente uma questão de coragem, mas também uma forma de mostrar aos homens que não somente eles são feras nas estradas".
A assessora do Departamento Nacional de Trânsito, Jaqueline Costa, explica o aumento de condutoras femininas ao volante. Segundo ela, "desde dezembro de 2004 houve grande evolução de motoristas do sexo feminino no Brasil, atingindo um percentual de 44% de mulheres habilitadas a dirigirem". Jaqueline diz também que, dados do Denatran mostram aumento de mulheres habilitadas para a carteira de categoria A, necessária para conduzir motos. "Hoje, existem cerca de 50% de motociclistas mulheres, totalizando 2.534.242 de condutoras".
Simone Alves é moradora do Guará e dirige há nove anos. Ela fala que apesar do tempo de habilitada, nunca se envolveu em colisões de trânsito, e para que isso não venha a ocorrer têm muita cautela e paciência, principalmente por estar levando vidas a bordo. Acostumada com o pesado fluxo de carros nas vias, ela diz lisonjeada que o ditado popular "mulher no volante perigo constante" não se confirma mais no Brasil, e que "as brasileiras agora têm um bom argumento para provar que dirigem bem". E deixa um recado para as mais medrosas, que tudo é questão de tranqüilidade na hora de pisar no acelerador.
Por Carlos Monteiro

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