quinta-feira, 18 de junho de 2009

Os “becos” do Gama dão o que falar

Os policiais militares e bombeiros sofrem com resistência da população na ocupação dos lotes. Cabo da PM faz até churrasco para conquistar a simpatia de vizinhos
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A resistência da população que é contra o fim dos becos, continua sendo o maior problema enfrentado pelos bombeiros e policiais que receberam os lotes no Gama, cidade satélite do Distrito Federal. Esses lotes foram doados pelo governador José Roberto Arruda com aprovação recente na Câmara Legislativa.
Os chamados “becos”, que são os lotes localizados em áreas intersticiais (espaço que separa duas casas contíguas). Distribuídos através de sorteio aos militares seguindo a ordem de pontuação no Sistema de Informação habitacional (Sihab).
Os bombeiros e policiais militares agora precisam conquistar a amizade dos novos vizinhos que não receberam bem a notícia de ter a sua “esquina” fechada e querem entrar na Justiça para impedir as edificações. Os moradores se queixam por não terem sido consultados ou ao menos informados de tal mudança.
Como o caso do seu Manoel Pereira Barros, 63 anos, aposentado, tem um lote a ser doado ao lado da sua casa que fica na quadra 04 do setor Leste do Gama. O aposentado não concorda em fechar o beco, alega que sua casa perde valor, “Quando a comprei era uma casa de esquina e é assim que eu quero que continue sendo” aclamou. Ele declarou que vai até a última instância para impedir a ocupação.
Roseli Pinheiro, professora, moradora da quadra 04 do Setor Leste do Gama vizinha de um lote a ser doado, também não concorda, porque há inquilinos no fundo do lote com saída pela lateral da casa. Diz ainda que tem autorização (concessão) para utilizar os três metros quadrados da lateral do lote que se encontra cercado.
Um cabo da PM, que preferiu não ser identificado, revela que preparou um churrasco especialmente para os mais novos vizinhos no intuito de atrair a sua simpatia. Mas a finalidade ainda não foi alcançada. Os convidados simplesmente não apareceram, e continuam descontentes com a situação.
O secretário de Habitação do DF, Paulo Roriz fez críticas aos moradores que resistem à ocupação desses lotes. Ele afirma que a ocupação dos lotes vai aumentar a segurança da comunidade, já que em muitos casos esses espaços ficam ociosos e são usados como ponto de encontro de grupos de gangues ou depósito de entulhos e lixo.
E há também quem concorde, Ana Maria Alves Vasconcelos, 38 anos, comerciante, diz ficar muito tranqüila em ter um vizinho bombeiro, e não terá mais problemas com os entulhos jogados no muro da sua casa. “É uma dor de cabeça a menos”.

Por Marlene Alves de Souza

1 Comentário:

Anônimo disse...

Tem que doar eassa arapucas de maconheiros mesmo,só serve para o nóia fumar merla.

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