sexta-feira, 19 de junho de 2009

Universitários trabalham na informalidade para pagar estudos

Alunos se viram de várias maneiras na hora de conseguir dinheiro para financiar seus estudos. Vendem bombons, salgados, roupas, bijuterias e outros produtos
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Tentando driblar a falta de dinheiro para pagar a mensalidade da faculdade, vários alunos estão entrando no mercado informal buscando garantir seus estudos. Apesar de ser um comércio não autorizado pelas instituições, esses estudantes usam diversos artifícios para complementarem sua renda, com esforço e muita criatividade.
Salgados, bombons, roupas, bijuterias, bolsas, tudo pode ser encontrado nas salas de aula, nos corredores e nas portas das faculdades. Essas são algumas artimanhas que os estudantes encontraram para resolver seus problemas financeiros e ajudar nas despesas com mensalidades, transporte e alimentação.
A estudante do 3º semestre de Engenharia da UNIP, Ana Cristina, é um exemplo desse comércio informal. Ana trabalha como funcionária terceirizada no Ministério da Educação e vende bijuterias aos colegas de faculdade. Ela confessa que foi uma idéia que deu certo. Atualmente, consegue arcar com as despesas de mensalidade, transporte e ainda sobra algum dinheirinho para seus gastos pessoais.
Porém, ao seguir o caminho da informalidade, esses estudantes encontram vários obstáculos. É preciso driblar a vigilância das faculdades, a reprovação de alguns professores e o mais difícil: às vezes deixam de prestar atenção às aulas porque estão “negociando” algum produto com o colega ao lado.
Ao contatar algumas faculdades sobre o tema, todas foram unânimes ao informar que é ilegal qualquer comércio que não seja o autorizado em suas dependências. Cada uma tem o seu regimento interno que proíbe essa prática para que não atrapalhe o comércio que já existe dentro da faculdade e é legalizado, como os restaurantes e lanchonetes.
Tatiana Rodrigues, responsável pelo Núcleo de Informações do UNICEUB, informou que é proibida a venda de qualquer produto pelos alunos. Ela diz que o Regimento Interno daquela instituição contém cláusula informando que se o aluno for flagrado realizando transações comerciais dentro de suas dependências está passivo de punições.
Patrícia Martins, servidora da Chefia de Campus da UNIP, disse que é expressamente proibida a venda de qualquer produto nas dependências da Universidade. A instituição só permite a divulgação de algum produto e/ou evento com autorização prévia por escrito.
Os alunos que necessitam realizar esses trabalhos e são proibidos, não devem ficar desesperados. A maioria das faculdades e/ou universidades particulares possui mecanismos de ajuda aos alunos com dificuldades financeiras. O Governo Federal oferece bolsas parciais e integrais a jovens carentes através do ProUni (Programa Universitário Para Todos) e existem outros meios de descontos dentro das próprias instituições.

Por Maíza Ribeiro

Fotografia na Era Digital

Nos últimos anos a técnica se transformou e hoje pode ser encontra até em telefones celulares ____________________________________________________

As inovações tecnológicas não param de crescer, a todo momento surgem novidades que agilizam e dão mais praticidade às tarefas do dia-a-dia.Uma das grandes revoluções da atualidade é a invenção da fotografia digital, hoje em dia é possível tirar fotos de aparelhos celulares, MP5 e de máquinas modernas com múltiplas funções. Todas essas mudanças afetaram e continuam a influenciar na atuação dos profissionais da área.
O fotojornalista Adriano Machado, 32 anos, correspondente da Bloomberg News em Brasília, diz que o sistema digital é a principal mudança que ocorreu na área. Segundo ele, essa mudança auxilia na execução do trabalho. “O mundo está mais dinâmico com a internet, hoje é mais fácil fotografar”. Para ele, que é fotógrafo há 13 anos, a agilidade tem grande importância no cotidiano. Opinião compartilhada pelo fotógrafo publicitário Kazuo Okubo, que afirma: “agora com a evolução digital as pessoas têm acesso a todo tipo de informação, e de forma mais rápida”.
Antes o fotógrafo tinha todo cuidado com o quê e como fotografaria devido aos altos custos com filmes, revelação e ampliação. Kazuo – que é fotógrafo há 34 anos – fala da época dos filmes, onde havia ansiedade e expectativa na revelação fotográfica, o que foi perdido, pois agora o resultado já é visto na hora. Assim, muitos se acham fotógrafos, já que existem várias facilidades, como as ferramentas de edição, onde os possíveis erros dos fotógrafos podem ser corrigidos.
Como se vê, as mudanças trouxeram à tona as discussões sobre a profissionalização do fotógrafo. Adriano Machado acredita que houve uma banalização da profissão com o advento da fotografia digital. “Os trabalhos estão ficando muito iguais, os fotógrafos não têm mais estilo” comenta Kazuo. Já para o fotojornalista José Varella, 51 anos e 32 na profissão, atualmente todas as pessoas fotografam, mas a diferença é que o profissional tem uma questão de postura, compromisso, atitude e respeito com a sociedade. “O fotógrafo deve ajudar as pessoas para que elas possam tomar conhecimento dos fatos”.
Kazuo afirma que “a sociedade ainda passa por um processo de transição na fotografia e não há como saber o que ainda está por vir”. Seja qual for o equipamento o que importa é a percepção do momento e a capacidade do profissional de separar o que é relevante do que não é, afirma Varella.

Por Trícia Ribeiro

Câmara dos Deputados aprova projeto de lei que proíbe o trote estudantil

As recentes brutalidades ocorridas envolvendo alunos que sofreram agressões físicas antecipou a aprovação do Projeto que ainda aguarda votação no Senado Federal
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No dia 27 de fevereiro foi aprovada pela Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 1.023/95 que proíbe a realização de trotes violentos ou vergonhosos. O texto, resultante de uma emenda dos deputados Flávio Dino (PC do B-MA) e Carlos Sampaio (PSDB-SP), proíbe constranger os calouros, expô-los de forma vexatória, ofender sua integridade física, moral ou psicológica, ou obrigá-los a doar bens ou dinheiro.
O texto também determina que a faculdade abra processo disciplinar contra os estudantes responsáveis por esses atos, porém não estão previstas sanções para as que não cumprirem tal providência, o que é criticado por alguns parlamentares. De qualquer forma, o projeto estabelece sanções progressivas para os alunos praticantes de trote violento, que vão de multas (de R$ 1 mil a R$ 20 mil), suspensão (de um a seis meses) e até a expulsão.
Praticado em diversas instituições de ensino, principalmente nas Universidades Federais, o trote é uma tradição brasileira, similar a de Portugal, que acontecem no início do semestre letivo, aonde os recém chegados passam por um conjunto de situações que podem ser leves com brincadeiras, ou graves com agressões e humilhações.
Na opinião do Professor da Universidade Norte do Paraná –UNOPAR, João Antônio Araújo Cruz, a prática do trote quando feita de maneira exclusivamente comemorativa, sem que ocorram conseqüências, não há problema, porém quando feita de forma indevida, deverá contar com punição aos responsáveis. “Essa medida é de grande importância, pois vem com o objetivo de frear os abusos que surgiram ao longo dos anos, de estudantes que desrespeitam a integridade física e psicológica de outro, apenas para se divertirem”, conclui.
Para o estudante Jadyson Caiado, que já sofreu o trote estudantil ao iniciar o curso de Jornalismo na Universidade de Brasília- UnB, o Projeto de Lei deverá entrar em vigor o mais rápido possível. “Apesar de ter sofrido um trote leve conheço vários colegas de outros cursos que já sofreram trotes violentos e essa prática continua sendo bastante tradicional aqui na Universidade”
Essa prática não ocorre apenas em Universidades federais. A estudante de Nutrição do Uniceub, Tatiane Teixeira também sofreu o trote estudantil. “Fui pintada, me jogaram farinha, depois tivemos que sair desfilando numa fila ‘elefantinho’ até o campo da faculdade onde houve mais brincadeiras”, de acordo com o Advogado, Alexandre Monteiro, esse Projeto de Lei tem grandes possibilidades de entrar em vigor, o que só ocorrerá após a aprovação do Senado, para onde foi encaminhado em regime de urgência, mas que ainda não tem previsão para ser votado. “Ele será novamente discutido e votado, se não for aprovado, pode retornar à Câmara (para alterações e mudanças) ou em caso de aprovação seguirá para sanção do Presidente da República, onde poderá ser promulgado ou retornada ao Congresso para mais providências”, esclarece.
Algumas Instituições de Ensino com o objetivo de eliminar ou amenizar a prática dos trotes violentos criaram o chamado "trote solidário", onde os calouros participam de atividades assistencialistas, que envolvem a coleta de alimentos não-perecíveis e roupas, doados para creches, asilos e orfanatos, bem como campanhas de doação de sangue para hospitais e centros de saúde.
Por Camilla Pereira


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