quinta-feira, 30 de julho de 2009

Ministro Carlos Britto diz a jornalistas que é favor do diploma no setor público

Por FENAJ


O ministro Carlos Britto disse ao casal de jornalistas Paulo Sousa e Tamires Franci, em um shopping em Aracaju, que é favorável à exigência de diploma de Jornalismo no setor público. Além disso, ele afirmou que no STF ninguém se vendeu para acabar com a obrigatoriedade do diploma em Jornalismo para exercer a profissão.
A nossa decisão foi tomada e vale para todas as empresas de comunicação Agora, é claro que o serviço público tem de ser visto de outra maneira. Como é que a Prefeitura de Aracaju, por exemplo, vai contratar ou fazer um concurso público para jornalista e qualquer um pode participar?, perguntou.
O encontro dos jornalistas foi casual. Depois de ouvir Paulo Sousa dizer que a decisão que derrubou o diploma foi tomada sem embasamento legal, além de considerá-la muito estranha, mas estranha mesmo, Carlos Britto apressou-se em esclarecer: Veja só, eu garanto a você que ninguém se vendeu pra dar essa decisão. Nós ministros do Supremo somos independentes, nosso cargo é vitalício. Tenha certeza, ninguém lá decidiu pra agradar ninguém, se decidiu pela liberdade de expressão. Disso vocês tenham certeza.
Os dois jornalistas, que são namorados, encontraram o ministro por acaso em um shopping, e, depois de se apresentarem, iniciaram uma conversa com ele. Disseram logo que estavam decepcionados com a decisão dele e do STF, notadamente com o ministro Gilmar Mendes por ter comparado, com todo o respeito, os jornalistas com os cozinheiros.
Eu diria que o Gilmar foi infeliz naquele momento, mas ele não tinha a intenção de ofender nenhum jornalista, desculpou-se Britto, logo depois de dirigir-se aos dois jornalistas em tom paternalista e conciliador: Paulo Sousa, Tamires, vocês vão ver que a nossa decisão foi acertada. Essa decisão vai fortalecer os jornalistas. O mercado vai absorver vocês, graduados em Jornalismo, ou aquele que não tem nenhuma qualificação específica? Claro que vai escolher os mais preparados, tenham certeza disso.
O jornalista perguntou ao ministro qual foi o seu embasamento para a absurda decisão. Britto respondeu que levou em consideração a liberdade de expressão e nos países em que o diploma não é obrigatório. A nossa Constituição é clara ao dizer que a liberdade de pensamento, de expressão, é livre. Então, não se justifica exigir diploma porque, caso contrário, você estará impedindo outras pessoas de exercitar a livre liberdade de expressão, entendeu?, perguntou o ministro.
Paulo Souza indagou ao ministro se na época em que morava em Aracaju e exercia a advocacia foi em algum momento proibido de escrever ou falar em veículos de comunicação. Não, realmente nunca fui proibido, respondeu.
As informações partem do site do Sindicato dos jornalistas Profissionais do DF. http://www.sjpdf.org.br/internas/noticias_details.cfm?id_noticia=2328
NOTA. O Ministro afirma que para órgãos públicos haverá a obrigatoriedade do diploma, mas para as empresas privadas não haverá a necessidade, pois defende "o direito a liberdade de expressão" de acordo com nossa Constituição. Indagado se já foi proibido de escrever ou se manifestar em veiculos de comunicação a resposta foi clara..."Não. Nunca fui" afirma o Ministro.
Agora me pergunto..... Onde a exigencia do diploma fere a liberdade de expressão?
Todos nós podemos nos manifestar, onde e como desejarmos. Mas temos que arcar com a nossa responsabilidade ao falar ou acusar algo.
Sivanilto Moreira da Cruz
Brasilia


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